Biografia do Parlamentar

O jataiense Domingos de Oliveira França foi casado com Simília Gouveia França. Dessa união surgiram quatro filhas. Domingos França, carinhosamente chamado de ‘Minguinho’ iniciou seus estudos com um professor que fez história em Jataí, Antônio D’Alcântara Lambert, diretor e proprietário do Ateneu Jatayense, escola que funcionou aqui de 1914 a 22, subvencionada pela Intendência.

Por ser farmacêutico de grande experiência, e ligado à literatura dessa área, era muito procurado pela população que se valia de suas receitas para a cura dos males mais diversos. Respeitado e conhecedor das drogas que vendia, não hesitava em recomendá-las aos seus clientes. Por isso, quando a saúde pública quase inexistia no interior, a população se valia de seus conhecimentos farmacológicos para a cura de seus males.  Domingos foi o primeiro subprefeito de Itarumã de 1938 a 45, nomeado por Jataí. Em 49, doou 3,8 alqueires de terras ao Estado, na Fazenda Ariranha do Corrente, para a construção de uma escola rural federal.

Em Itarumã, graças à indiscutível competência como farmacêutico, aliada à sua popularidade e carisma, foi agraciado em duas eleições para o Legislativo Municipal com a maior votação. Em vista do trabalho desenvolvido na sua gestão de parlamentar e de empresário, Domingos França foi homenageado com a colocação de seu busto na antiga Praça da Matriz e nomeação deste logradouro com o nome de Praça Domingos de Oliveira França, em 1972.

Em Jataí, onde morou durante longos anos, militava na política pela antiga UDN.  Na eleição de 1946 foi eleito vereador para a primeira legislatura da Câmara Municipal de Jataí, mas não compareceu para assumir o cargo, só o fazendo na terceira sessão ordinária. Na reunião seguinte a sua posse, pediu licença de 90 dias para tratamento de saúde. Vale dizer que Domingos França, durante o período daquela Legislatura, se fez presente a quatro sessões apenas. Familiar seu justificou essa ausência por tratar-se de problema de saúde. Em seguida a esse período, Minguinho foi eleito vereador pela segunda vez.

Em maio de 1951, Domingos teve seu mandato de vereador suspenso pela Câmara por iniciativa do pessedista Acácio Zaiden. O parlamentar cassado, não aceitando a decisão da Casa, moveu uma ação contra o Legislativo Municipal. Julgada a causa, o Juiz de Direito, Fausto Xavier Rezende, determinou que o cargo lhe fosse restituído. Quando do retorno Domingos às sessões, assim justificou Acácio: “... Que se curvava diante da sentença do Juiz de Direito, mas que desejava frisar que, ao impugnar a posse do Sr. Domingos de Oliveira França, teve em mira senão o desejo de fazer respeitar as leis em que baseava sua impugnação”.

Domingos de Oliveira França faleceu em Goiânia em 18 de março de 1975. Em vista do seu passamento, o então Prefeito César de Almeida Melo decretou feriado escolar na rede de ensino municipal no dia seguinte. A Assembleia Legislativa de Goiás, através do Deputado Domingos Venâncio de Almeida, lamentou o fato por meio de ofício enviado à família.