Em sessão solene realizada no dia 24 de junho de 2024, no plenário João Justino de Oliveira, a Câmara Municipal de Jataí entregou o título de cidadão jataiense ao contabilista Antônio Ademar dos Santos, ao produtor rural Eugênio Feldkircher, ao empresário Lavosier Pereira de Lima e ao produtor rural Nilo Lottici Júnior.

As homenagens a Antônio Santos, Lavosier Lima e Lottici Júnior foram propostas pelo vereador Vicente Mantelli. Já o título a Eugênio Feldkircher foi fruto de projeto assinado pelos vereadores Abimael Silva, Adilson Carvalho, Deuzair Parente, Genilson Santos e Vicente Mantelli. As quatro proposições foram aprovadas por todos os parlamentares presentes no plenário no momento de suas votações.

O empresário Lavosier Pereira de Lima nasceu no dia 19 de maio de 1978, em Mossoró-RN, filho de Vilma Pereira de Lima e Luiz Pereira Torres. Já na cidade Jataí, casou-se com Fabélia Ferreira de Oliveira. É pai de Lívia Kayrone da Silva Pereira, Bruno Felipe Santana de Lima e Arthur Santana de Lima, avô de um casal de netos, Helena e Pierre, ambos com cinco anos de idade e na espera de Eloá.

Mais conhecido como Lima, chegou a Jataí no ano de 2000, em busca de uma vida melhor. Saiu do Rio Grande do Norte para arriscar-se no Rio de Janeiro. Em sua cidade natal deixou uma filha que teve ainda muito jovem, Lívia Kayrone da Silva Pereira. No Rio de Janeiro conheceu uma jataiense com quem se casou e desse relacionamento sobrevieram os filhos Bruno Felipe Santana de Lima e Arthur Santana de Lima e por conta dessa relação se mudou para a Cidade Abelha.

No Rio de Janeiro trabalhava com autopeças na linha leve. Em Jataí já começou a trabalhar com a linha pesada na Autopeças e Mecânica Elmínio, que se tornou sua família em Jataí. Junto com sua esposa idealizaram o Sucesso no Campo, que, como toda empresa, começou pequena, tímida e hoje é uma grande referência para a comunicação do agro e com esse crescimento foi deixando aos poucos o seu emprego do ramo de autopeças e hoje é empregador de vários colaboradores que de lá tiram o sustento de suas famílias.

Ingressou na maçonaria pela Loja Liberdade Sudoeste, prestando ali muitos serviços sociais juntamente com a comunidade maçônica, em especial no Natal e no Dia das Crianças. Entre os serviços, corte de cabelos, distribuição de brinquedos e lanches em bairros mais carentes da cidade de Jataí.

Nilo Lottici Junior nasceu em 2 de novembro de 1960, em São José do Ouro-RS. Aos 16 anos perdeu seu pai, que era uma referência em sua vida, e aos 21 anos, em 1981, imbuído de grandes sonhos tomou a dura decisão de sair da sua terra e veio para Jataí desbravar o cerrado e abrir terras para o plantio de soja.

Com o tempo tornou-se pai de três filhos, Nilo Lottici Neto, Pedro Elias Lottici e Carlos Henrique Amador Lottici, duas netas, Letícia Miranda Lottici e Melissa Cadore Lottici, e uma bisneta, Maria Clara Lottici Naves.

Com recursos próprios construiu a escola Nilo Lottici (em homenagem ao seu falecido pai). Por anos mantinha os custos de manutenção e por algum tempo os custos com a professora local, para que os alunos da região rural pudessem estudar. Depois de alguns anos o município assumiu todos os custos de manutenção da unidade escolar e posteriormente construiu uma nova, ampla e moderna escola em uma área da Fazenda Lottici, doada pelo homenageado.
Desde que chegou a Jataí, Nilo Lottici Junior sempre ajudou toda a população com ações beneficentes, construiu várias casas para pessoas carentes, ajudou com custos de pessoas doentes, distribuição de cestas básicas, assistência no lar transitório, foi um grande incentivador do esporte na cidade, mantendo por muitos anos time de futebol infantil, do qual todos para participar deveriam ter notas boas na escola  e disciplina, como as crianças que treinavam futsal no Vismec da Vila Santa Maria e futebol de campo no Balneário Brasnipo.

Além de produtor rural, Nilo Lottici Júnior atuou também como empresário em Jataí, dirigindo as empresas Agrosul e NP Transportes.

Antônio Ademar dos Santos, nascido em Santa Bárbara do Sul-RS, no dia 13 de junho de 1970, considera-se gaúcho de nascimento e goiano de coração, pois veio para Jataí em 21 de fevereiro de 1989.

Formado em ciências contábeis, veio transferido por uma empresa chamada Agrofel (Grupo Ferrarin), por meio da qual teve a sorte e a oportunidade de conhecer Jataí. A princípio veio a Jataí de forma temporária, ficando 21 dias hospedado no então hotel Tia Dolfa. Vencido esse período de auditoria na empresa Agrofel, retornou ao Rio Grande do Sul e, ao apresentar o relatório da auditória, fez uma promessa a si mesmo de nunca mais voltar a Goiás.

Entretanto, três dias depois de seu retorno ao Rio Grande do Sul, na cidade de Palmeira das Missões, foi chamado pelo seu chefe, que lhe disse: “Ou você me derruba no cargo aqui, para crescer, ou vai embora para Jataí”. Olhando bem para ele, fez um rápido raciocínio logico, já que seu chefe já tinha mais de 15 anos de casa, percebeu que era dura a missão de “derrubá-lo do cargo”, e olhando pra si, vendo que já tinha galgado todos os degraus de crescimento na empresa, resolveu voltar a Jataí e começar uma nova história.

Deu aulas nos CTGs da região e, em seguida e paralelamente, teve a oportunidade de trabalhar no escritório do CTG, na sede da antiga APG (Associação de Produtores de Grãos), e logo conheceu também Vitor Geraldo Gaiardo, que lhe oportunizou a trabalhar em sua empresa Mecol Engenharia. Foi nessa sala que começou a exercer sua profissão de contador, pois contava com três clientes.

Em outubro de 1990, uma lei alterando a previdência social e estimulando os produtores
rurais a formalizarem o trabalho do campo – se eles tivessem funcionários registrados, não
sofreriam a retenção do Funrural – e assim muitos produtores precisaram de seus serviços,
saltando para perto de 100 clientes. Atualmente são 700 clientes fidelizados.

Algum tempo depois, juntamente com o contado Paulo Duarte Domingues, alugou novo local, na antiga Avenida Floriano Peixoto (atual Dorival de Carvalho). Estava criada a Unitec. 

Em outubro de 1993, casou-se com Renata Oliveira Freitas. Da união vieram dois filhos, o primogênito Antonio Filho, nascido em 13 de junho de 1995 (mesmo dia do aniversário do pai), e em 28 de outubro de 1998 nasceu Frederico. Em 2020, dia 20 de setembro, Dia do Gaúcho, nasceu Antonella, fruto de
novo casamento com Adrielle Almeida, completando sua prole dos três filhos.

Entrou ainda para o agronegócio e fundou outras empresas: Tato Consultoria, Tato Saúde, Cabanha Alma Farrapa, CTG Alma Farrapa e também a Liga Classe A, que traz a Jataí anualmente representantes de 18 estados brasileiros.

Eugenio Feldkircher é natural de Arroio do Meio-RS. Filho de Andre Feldkircher e Maria Helena Feldkircher, nasceu em 16 de setembro de 1938. É casado com Maria Lony Feldkircher, com quem teve os filhos Sueli Vian, Dalires Maria Feldkircher, Marli Feldkircher Valerio, Ginesio Feldkircher e Fabiano Luiz Feldkircher.

Chegou a Jataí em novembro de 1983, com o objetivo de trabalhar a terra, como era de praxe dos inúmeros outros sulistas que enfrentaram os desafios de sair de seu Estado para uma nova região do Brasil.

Eugenio Fieldkircher vendeu 167 hectares de terra no Rio Grande do Sul e comprou 450 hectares da fazenda Sarandi, em Jataí, onde plantava soja, trigo e milho. Foi do Sul que Eugenio trouxe toda a experiência com essas culturas, pois desde a infância sempre esteve intimamente ligado à terra e às lavouras trazendo consigo tais conhecimentos que aqui foram colocados em prática e com isso contribuindo para o desenvolvimento de Jataí.