O vereador Luciano Lima sugeriu ao executivo a realização de um levantamento completo do patrimônio tombado da cidade, seguido de reforma, restauro, revitalização, sistematização e ampla divulgação pública do acervo, em formato digital e/ou impresso. “Jataí possui um dos acervos históricos e culturais mais expressivos do Sudoeste Goiano, composto por bens arquitetônicos, artísticos, paisagísticos e documentais de grande valor simbólico e identitário”, declarou. “Apesar da importância, parte significativa desse patrimônio permanece pouco conhecida pela população, com documentação dispersa e divulgação limitada, o que dificulta ações de conservação, educação patrimonial e incentivo ao turismo cultural. Além disso, muitos desses bens encontram-se em estado de deterioração, demandando medidas urgentes de restauro e proteção. A Constituição Federal, em seu artigo 216, estabelece como dever do poder público a identificação, preservação e difusão dos bens culturais. A Lei Orgânica do Município e a Lei Ordinária nº 2.670, de 28 de novembro de 2005, reforçam essa responsabilidade ao executivo, impondo a manutenção de inventários atualizados do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico. O município ainda carece de um levantamento sistemático e atualizado dos bens tombados e inventariados. Entre os patrimônios de destaque estão os casarões seculares que marcaram a formação urbana e social de Jataí desde o século XIX, como o Casarão do Museu Histórico Francisco Honório de Campos, o Museu de Arte Contemporânea, o Casarão da Escola Municipal de Música Nestor Garcia e a Casa do Artesão. Este último, segundo o texto, foi fundamental para a premiação internacional do artesão Nico Miranda pela Unesco, em 2012, com a obra Santa Inanimada. Há ainda bens em situação crítica, como o Casarão do pioneiro José Manoel Vilela, atual sede da Academia Jataiense de Letras, e o Cemitério São Miguel, que abriga importante acervo de arte tumular com obras dos séculos XIX e XX em avançado desgaste”.