Vereador escreve artigo sobre o ex-deputado e presidente do PMDB Ulysses Guimarães, que morreu em 1992, vítima de acidente com helicóptero
Vereador escreve artigo sobre o ex-deputado e presidente do PMDB Ulysses Guimarães, que morreu em 1992, vítima de acidente com helicóptero

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Gênio relembra 20 anos da morte de Ulysses Guimarães

Vereador escreve artigo sobre o ex-deputado e presidente do PMDB Ulysses Guimarães, que morreu em 1992, vítima de acidente com helicóptero
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Vereador escreve artigo sobre o ex-deputado e presidente do PMDB Ulysses Guimarães, que morreu em 1992, vítima de acidente com helicóptero
Hélio Domingos

Não fosse Ulysses Guimarães provavelmente não teríamos votado ainda para presidente do Brasil. O “Sr. Diretas”, conforme seu apelido carinhoso na época, foi estrela nos palanques, Brasil adentro, conduzindo o processo das Diretas-já, com desassombro e idealismo puro diante do regime ditatorial dominante. Para mim, ninguém foi mais importante como Ulysses na travessia do funesto regime de exceção para o verdadeiro estado de direito que hoje vivemos. À guisa de saudosismo, ponho-me a lembrar do comício das Diretas em Goiânia, com Ulysses sendo o último a falar, e depois show com Fafá de Belém e Hino Nacional bem cantado. E multidão a perder de vista, com esperanças varonis maiores do que ela.

Ulysses Guimarães foi deputado federal 11 vezes! Presidente interino do Brasil várias vezes, morreu sem se envolver em escândalos financeiros. Veio a Jataí em dois sagrados momentos: um em 1976, para nos ajudar nas eleições municipais por aqui; noutro momento nos visitou para comício na sua campanha pessoal à presidência da República. Como já era idoso, foi defenestrado por Collor de Melo e Lula da Silva. O preconceito à velhice derrubou o gigante. Mais tarde, já no 2° turno, Collor, com ar juvenil e promessas mirabolantes, derrubou o líder sindical, para depois ser defenestrado pelos “caras pintadas” e pela própria “imprensa golpista”. Coisas da política.

Ulysses era querido aqui em Jataí, tanto que deu nome a várias crianças, que hoje, talvez, pouco sabem das bravuras ideológicas do timoneiro das Diretas-já. Sou fã de Ulysses, de carteirinha, como se diz. E no momento estudo um projeto para homenageá-lo publicamente.

Há 20 anos o corpo de Ulysses está sepultado nas águas litorâneas de Angra dos Reis. O fatídico acidente aéreo o vitimou e mais todo o retante da tripulação. E o pior, só o seu corpo não foi encontrado, conforme nos lembrou o jornal O Popular recentemente. Que Deus o tenha!